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  • Foto do escritorDr Marden Marinha

Ansiedade


Os transtornos de ansiedade são considerados os transtornos mentais mais comuns na população, tendo seu início precocemente, podendo representar uma prevalência em torno de 30% dos adultos. Nessa classe podemos incluir a fobia específica, o transtorno de ansiedade social, a agorafobia, o transtorno de ansiedade de separação, o transtorno de pânico e o transtorno de ansiedade generalizada.


Ao pensarmos na evolução da espécie, a ansiedade pode ser avaliada como uma característica humana que nos auxiliou. A partir dela foi possível a nossa espécie cuidados com a proteção, menor exposição à ataque de outras espécies e maior disponibilidade de alimento.


Assim, entende-se que a ansiedade seja benéfica dependendo de sua duração e intensidade, pois, até certo ponto, nota-se uma correlação positiva entre nível de ansiedade e desempenho, nos preparando para responder a um desafio, aumentando nosso desempenho.


Entretanto, quando a ansiedade permanece ao longo do tempo, mesmo sem uma explicação, descartada doenças clínicas e uso de substâncias, podemos estar a frente de uma ansiedade patológica.


Quando essa resposta emocional à antecipação de uma ameaça futura é desproporcional, persistente e causa sofrimento e/ou prejuízo funcional significativo é possível o diagnóstico do transtorno de ansiedade generalizada (TAG).


Além da preocupação e do medo, os pacientes com transtorno de ansiedade generalizada podem apresentar inquietação ou “nervos à flor da pele”, cansaço, dificuldades de concentração, irritabilidade, tensão muscular e alterações do sono.

O transtorno pode predispor a maior vulnerabilidade do sujeito, interferindo em sua autoestima, socialização, memória e capacidade de apreender conhecimentos. Dessa forma, o diagnóstico precoce dos transtornos de ansiedade é fundamental para a prevenção dos prejuízos sociais, profissionais e de outras áreas.


Nesse período de pandemia pelo COVID-19 enfrentamos a situação de uma ameaça que pode ao mesmo tempo estar distante, “soube, ouvi falar, vi na televisão”, como próxima, conhecendo alguém contaminado, internado ou falecido. Essa vivência da incerteza e da ameaça, somada a restrição nas relações sociais, podem resultar em aparecimento ou agravamento de vários transtornos mentais, dentre os quais aqueles de ansiedade.


Caso apresente sintomas compatíveis com transtorno de ansiedade, evite a automedicação e procure um psiquiatra. O profissional especializado poderá te ajudar oferendo um tratamento medicamentoso, psicoterápico ou ambas as modalidades.


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